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choro sempre muito com finais felizes.
este nao vai ser excepcao.

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choro sempre muito com finais felizes.
este nao vai ser excepcao.

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vivo uma vida extraordinariamente feliz.

coisas imperdiveis.
-acordar na casa do riki, no cimo de um monte (nao sei quantos metros de altitude, mas muito, mais de 1000, de certezinha) e ter as nuvens por baixo de nòs, nos vales, que estao escandalosamente bonitos, destas ameacas de outono)
-descer a montanha, com o pedro, a cantar os classicos portugueses
-conversas com a federica, luxuosas
-a olcay a dizer que aprendeu a rir com o corpo todo, comigo
-eu, aqui
-nos, aqui
- estas saudades, ja, em antecipacao, que dao um drama (daquele que no fundo nao posso negar que gosto) a cada coisa
- compota de amora feita por uma miuda e a sua avo, e oferecida numa sexta-feira normal, so porque sim
- iogurte de alperce
- este aperto, que prova que estou absolutamente viva
- nao quero acabar a lista, deixo que acabe o tempo de internet

let the games being.

o pranto esta para comecar.

GOZUN KARNI YOKTUR

(os olhos nao tèm estomago)

provérbio turco

a olcay disse-me este proverbio, ontem, antes de adormecermos.

disse-mo para explicar quao dificil vai ser partir - porque os olhos nao dizem nunca "chega", querem sempre mais. e temos de ser nos a irmo-nos embora, a deixar de ver, a deixar de nos ver.

acho que se o proverbio fosse latino, assim de sangue quente e orgulhosamente emotivo, seria o coracao nao tem estomago.