Monday, January 30, 2006

meus queridos,
de novo um aviso que prometo que nao voltarei (ou tentarei nao voltar!) a repetir.
as noticias aqui estao necessariamente atrasadas uns dias.
tenho de escrver o post em casa, tratar das fotografias (tou a ficar expert em fotoshop... coff, coff... expert nao, mas 9 meses a morar com uma expert - a olcay - pode ser que por osmose chegue la), vir a net e publicar-lo.
todos estes posts sao sobre a semana passada
entretanto ja nevou MIL mais
ja nevou ai
eu ja fui a veneza
ja voltei
e tantas coisas outras
(como por exemplo hoje ter comido de pequeno-almoço papa de maça verdadeira feita pelo pedro!:))
pra um futuro proximo, mais novidades...*
e...buongiorno!:)



27. Janeiro.
Meus queridos,
Coisas para contar…ui! São tantas!:)
Primeiro que tudo, e mesmo sendo o resto anterior no tempo, não é anterior no meu interesse nem na minha vontade/necessidade de o contar.
ESTÁ A NEVAR!:)
Está a nevar há 12 horas, e consta que nevará até domingo (sendo que hoje é sexta-feira).
E a cidade fica para lá de bonita, de calma, de tranquila. Eu, o puto mega irrequieto, acordei e fiquei duas horas quieta na cama, deitada com a cabeça nos pés e os pés na cabeça (da cama, subentenda-se) a ver a neve a cair. Soa a coisa mais pirosa que fiz nos últimos tempos, é oficial, mas do i care?
26. Janeiro.
A aventura no banco. Juro, também desta vez quis tirar três milhões de fotografias à ineficiência italiana. Meus amigos, desenganem-se, há ainda lugares na Europa onde é preciso assinar mais papeis, ter mais números que não se sabe para que servem nem de onde vêm, esperar mais tempo, e ver as pessoas a serem mais comandadas pelo computador do que a comandarem-no elas que em Portugal. E um desses lugares, shanãm, surpresa das surpresas, chama-se Trento! Oh meu deus…que aventura que é abrir uma conta num banco daqui…! Não me vou perder em explicações detalhadas, que foi aborrecido vive-lo uma vez, não quero de novo…mas, acreditem!, a próxima vez que forem a um banco, alegrem-se que seja português.



Dia 25.
Fui ao cinema, ver dois filmes: inside out, de uma escola de arte de Roma (zéb, quanto me lembrei de ti!), e outro chamado dogtown and z-boys, sobre o inicio do surf e do skate numa zona manhosa dos estados unidos (onde acaba a road 66 que aposto que todos nós queremos um dia fazer).
Dia 21 e 22. Janeiro.
Fim de semana (há mais de uma semana!)
Fui à montanha, como já escrevi, mas o sábado foi passado em casa, sobretudo. Com o szymon (é bom começar a encaixar os nomes da minha cabeça de tal maneira que não sinto necessidade de vos explicar que o szymon é o polaco) aprendemos a fazer uma moldura para uma tela. Foi lindo. A princesa baunilha agarrou no seu corpinho e aprender a martelar, a serrar, a fazer dessas coisas que não se acharia capaz. Comprámos a madeira, os pregos e essas coisas e construímos, do zero, uma tela. E tudo isto porque o David (sim, o espanhol) quer fazer uma “obra conjunta” entre todos, e queria que todos pintássemos. Eu não quero pintar, suponho eu, nem o szymon, então encarregamo-nos de contribuir desta forma. Mesmo fixe.
Mas, depois, como somos é loucos e a loucura de uns alimenta a loucura de outros, dei por mim a fazer de mona lisa com a moldura da futura tela...! e a rir-me desgraçadamente durante horas. É bom, esta convivência, é bom sermos diferentes e andarmos às turras, acharmos que não há nada em comum para depois perceberemos que a mona lisa toda a gente sabe quem é, ou que o bem que nos faz mimos quando estamos doente também é internacional, ou essas coisas assim.
(as fotografias deste momento ficam p'ra depois. nao sei pq nao as pus na pen!)


Dia 20.
Fui ver a minha primeira “coisa artística” (com coisa artística quero dizer qualquer peça de teatro, concerto, cinema, etc etc). chamava-se “Romeu recordando Julieta” e… não era genial. Era uma peça de teatro com boas ideias, mas mal conseguida. O texto era projectado, e jogava-se com as palavras, com os sentidos das palavras, com a imagem das palavras. Parece-me fixe, não é? Sobretudo para fixe para a louca pelas palavras gostar…! Mas as palavras estavam em times new roman, os slides seguiam-se com aqueles efeitos manhosos do power point, essas coisas. Mas, no entanto, fiquem a saber que a senhora Julieta (oh meu deus, como a minha Julieta é diferente daquela!) é a directora do centro de teatro para miúdos aqui do sitio, portanto é melhor não me queixar muito da peça ou perderei algumas oportunidades!

Wednesday, January 25, 2006

22. de janeiro. 2005
(estava a espera das fotografias...mas ainda nao as descarreguei da maquina - chego a casa e é directa para a cama, depois de agradecer a cada estrelinha chegar a casa e ser tratada como uma princesa)
OUCH
A palavra de hoje é ouch. Dói-me o corpo inteiro. Inteirinho. Sabem aquela sensação de porrada que se tem depois do primeiro dia de praia? Depois de ter tentado matar todas as saudades do mar, depois de se ter nadado uma tarde inteira, ter levado os miúdos todos da praia às ondas nos braços? Sabem quando chegam a casa exaustos, com o estômago pequeno da fome e a alma grande do espaço?
Estou assim.
Hoje subi ao mais alto de sempre: quase 1,800 metros. A montanha, esperava, paciente - branca, branca, branca.
As fotografias não serão muito diferentes das que pus noutro dia, mas a experiência não teve nada a ver. Desta vez agarrei em mim, no espírito desportivo que não tenho, e decidi subir a montanha com 3 italianos. A federica, minha “tutor”, aqui, e dois amigos dela: a margherita e o andrea. Uma aventura, porque eles, sim!, têm todo o espírito desportivo que se pode concentrar em três corpos. A meio da subida (portanto, depois de uma hora e qualquer coisa de caminho) e de me ouvir dizer “és do cimento, miúda!, não consegues subir isto” ou “tanta neve, tanto gelo, é desta que escorrego e me espeto daqui até lá abaixo”ou ainda “um metro de neve, miúda!, tens noção que tu nem nunca 10 centímetros de neve tinhas visto?” decidi “levar o jogo até ao fim”, como diz o Pedro que se deve fazer: “quando se começa um jogo, levo-o até ao fim”.
E lá cheguei eu, bem para lá do que eu achava serem os meus limites, ao cimo de uma montanha. LINDO. Branco, branco, branco. E Trento lá em baixo. E eu, cá em cima, qual João Garcia, a ser capaz de tudo. Que boa sensação. Que plenitude.

Esta história, a minha, é tão diferente da do Maomé: desta vez eu fui à montanha, mas, juro, esta noite, também a montanha veio até aqui, ter comigo.
"Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo"
Fernando Pessoa

Tuesday, January 24, 2006

I went to the wood because I wanted to live deliberately,
I wanted to live deep and suck out all the marrow of life.
To put to rout all that was not life,
and not when I had come to die, discover that I had not lived.

H.D.Thoreau
O que já sabes é bem menos do que ainda vais aprender
alguem escreveu isto como comentario a um post.
wow.
bom, bom, bom.
obrigada*
a vida nao é justa.
e é oficial que nao é justa em meu beneficio (e é tao dificil nao dar pulinhos de alegria com esta injustiça que me favorece).
ontem tive um dia dificil, certo? (buh, medio certo, porque dificil-dificil sao outras coisas...mas adiante, deixemos, so desta vez, a janeca-self-pitty ter espaço).
hoje acordo e tenho duas cartas à minha espera à porta:
uma, cor-de-rosa, baunilha, linda, que me fez, literalmente, chorar a rir. ou chorar a sorrir, que é tao mais calmo, tao mais pacifico (obrigada, minha querida fred*)
e uma carta da minha avo! sabem? percebem a importancia? uma carta da minha avo!:)
e ja ontem tinha adormecido com um sorriso porque um tal astronauta spiff tinha recebido o meu pedido de socorro telepatico.

...fogo...
como é possivel esta sorte toda?
quis saber quem sou
o que faço aqui

...certo?

pois bem, é oficial. work in progress.
sonhei com o "todo sobre mi madre" (ui que agora baralho todas as linguas latinas...que caos!). com aquela cena do/da agrado, sobre ser-se genuino com quem se é ou com quem se quer ser.
ainda nao decidi.
ou talvez comece a decidir e precise apenas (?!) de reunir as forças para ser leal com quem quero ser. com quem sou nao tem piada, nao tem dificuldade, é estagnar e ponto.
mas é tao dificil, por vezes, rever-me em situaçoes limite, em que opto pela lealdade à janeca-sonhada e nao à janeca-comum.
janeca vulgaris tem mesmo dificuldade em mudar. buh.

mas, ja dizia um dos homens por quem morro de amor (sim, mais um daqueles meus idolos mortos): seja o que for, sera bom.

Monday, January 23, 2006


Investigador britânico conclui que hoje é o dia mais deprimente do ano

Em 2005 calhou na segunda-feira 24 de Janeiro. Este ano o dia mais deprimente de todos acontece hoje, voltou a prever Cliff Arnall, um eminente professor universitário britânico da Universidade de Cardiff, especialista em saúde mental (http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1245593)

weee
como é bom fazer parte das estatisticas
(HUMPF)

hoje è o primeiro dia em que estou oficialmente(que nao deve implicar muito maisdo que mostrar-lo) triste. chorei como uma madalena-ainda-que-pouco-ou-nada-arrependida no meio da rua. sinto-me meia perdida, aqui, sinto que nao me sei vender e como toda a gente aqui sabe que sou voluntaria nao me pedem nem exigem nada. eu fico sem me querer impor (sim, querida famlilia, é verdade que fora de casa nao sou a rainha das imposiçoes). sinto-me pouco estimada.
"se quissesses estima, tivesses ficado em lisboa" oiço metade de mim dizer.
mas a outra metade hoje ganhou. chorei.

Thursday, January 19, 2006

18 de janeiro
Mais um dia, mais um post.
Descobri hoje que posso vir a Internet com o meu computador, na biblioteca.
Sim, parece engraçado a velocidade com que mudo de opinião.
Nem há 15 dias ter Internet em casa, o dia inteiro, o tempo que eu quisesse, onde eu quisesse, era um bem de primeira necessidade, uma coisa imprescindível e irrisório pensar sequer noutra maneira de viver.
E hoje saltei horas e horas de alegria porque posso carregar o meu computador durante uma viagem de 40 minutos de autocarro numa cidade que vive a graus negativos há meses, para ligar-me à Internet durante talvez meia hora para depois ir ter reuniões estranhas com pessoas que falam muito rápido italiano e riem-se tantas vezes de coisas que nenhum de nós percebe, e depois ir trabalhar das 14h às 21h30.
E é mesmo genuína alegria, esta.
17 de janeiro
O meu trabalho. Disse que escreveria um post sobre o que faço, e aqui me têm.
Trabalho todas as tardes no centro giocastudiamo de villazzano. Este centro faz parte da câmara, mais precisamente para a parte de “política juvenil”, da câmara de Trento. Há 12 centros, o meu é o mais antigo, de meninos mais ou menos endinheirados (eeeehh… as palavras de que me lembro eu!), simpáticos e com poucos problemas.
Sim, acho que percebi uma coisa, hoje.
Este não é o voluntariado clássico, daquele que pego em mim e, generosamente, cedo do meu conforto pelo conforto alheio. Eles estariam confortáveis sem mim, e, de qualquer maneira, eu não preciso de ceder do meu conforto – também aqui me sinto confortável. Sou voluntária como é voluntário o movimento de fazer caretas, mexer uma perna, ou de levantar o rabo e mudar alguma coisa. É isso que faço aqui. O que me trouxe aqui, lamento desapontar, foram razões tão egoístas, tão ego-centradas como querer “saber quem sou, o que faço aqui”, querer aprender muitas coisas, dar o que tenho (mas pelo prazer de dar, do meu prazer de dar e talvez não para fazer nos outros o prazer de receber). Não sei. Não me parece a primeira ideia de voluntariado clássico que eu tinha. Talvez defeito meu, não sei.

E agora o post sobre o que demorarei tanto tempo a perceber. Hoje, 11 da manhã, via entre a biblioteca e os correios. Apesar da cidade ser pequenina, continuo a não saber onde são as coisas. Há uma rapariga/senhora que vem na nossa direcção (do Pedro e minha) e decido perguntar-lhe onde são os correios. Ela explica, lentamente, com um ar meio perdido (perdido e meio, a sério), quase dopado, e depois “sono male”. Assim, de repente, “estou mal”. O Pedro acha que está doente, e diz “boa sorte!”, e eu, não sei porquê, fico verde. Ela continua “estou triste, fiquem comigo”. Decidimos ir beber um chocolate, ela decide que sim, e depois que não. Vai à biblioteca. Pede que fiquemos com ela, combinamos ao meio dia na biblioteca. Corro para os correios, para ter a certeza que não falto ao encontro. Ao meio dia estou lá, e decidimos, com o espanhol que entretanto se juntou a nós, e sem o Pedro que se perdeu no caminho antes do meio dia, ir beber o tal chocolate. Ela quase não fala. Tem um olhar mesmo completamente perdido. Diz pouca coisa mais que “estou mal. Por favor, fiquem comigo. Não quero estar sozinha. Vou-me matar”. Ok, não, não acho que ela se vá matar. E não, também não acho que seja o medo de ser co-responsável (nem que por negligencia) que me move. Há mesmo um pedido honesto de ajuda na maneira como se move, como fala, o (pouco) que diz. Há mil silêncios desconfortáveis e também o espanhol, entretanto, se perdeu pelo caminho. Descubro que ela fez erasmus, em França. Jornalismo, estudou. Pelo caminho encontramos a irmã, que me pede que fique com ela até às 14h. Vacilo. Não sei mesmo o que dizer, o que fazer, onde acaba o meu papel nisto tudo. Acabo por ficar com ela até às 15h30, altura em que vou a correr para o autocarro para não chegar atrasada ao trabalho.
Ficaram um milhão de coisas a baloiçar na minha cabeça. A nadia, não sorria. Sorriu uma vez, quando tentei explicar-lhe o “em casa de ferreiro, espeto de pau”. E, mesmo assim, nem sei se dessa vez o que por simpatia, se por honesta vontade de sorrir. Dou por mim a pensar na quantidade de sorrisos que faço eu, por dia, e sobre quantos deles serão verdadeiros. Quanto do que faço, faço porque é assim que se faz? Até onde se pode ser diferente sem ser louco? Até onde se pode ser honesto? Porque é que a nadia dizer que não está bem, quando é verdade que não está, é um comportamento de louco? Não comprei eu a honestidade como um valor a procurar? O que exige a intimidade? Que coisas são exigidas para que se tenha intimidade? O que distingue uma confissão de um discurso de um louco?
Fico a pensar em tanta coisa, eu.
16. de Janeiro.
Voltei a pensar no que me levou a estar aqui. Não me lembro bem porque escolhi esta vida, e não a vida que tinha. É um peso, às vezes, ter de fazer desta vida alguma coisa pelo menos tão boa como a que teria em Lisboa ou talvez, se assim não for, eu tenha feito a escolha errada.
Estive a trabalhar e percebo que este género de raciocínio não tem razão (“a única razão é a do coração”). Não é uma corrida entre a vida que tenho e a vida que teria, não é um jogo de apostas, uma experiência de laboratório. Nada disso. É a minha vida. E gosto.

Monday, January 16, 2006

novidades escritas:
www.trentogiovani.pt
este éo site onde ha informaçao sobre trento, por um lado, mas sobretudo sobre o que ando eu p'raqui a fazer. em "centri d'aggregazione" ha os centros giocastudiamo, e dentro disso ha o meu centro, o villazzano. para quem lhe interesse saber.
tambem vou andar a trabalhar no "città e bambini" que tem um projecto que parece mesmo fixe uqe se chama "a cidade ao tamanho das crianças". tenho uma reuniao (tanta reuniao, deus meu!) na quinta-feira para saber sobre isso. mas parece mesmo fixe.
estou bem, ja nao estou doente. tenho so a boca e as maos a suplicarem creme a cada segundo, e a pele da cara a receber um lifting natural sempre que saio de casa.
ja fui uma vez ao meu centro, que é o mais antigo dos 12. gostei imenso, parece uma coisa leve mas divertida, e sobretudo com potencial (e com pessoas com vontade de explorà-lo!). la, trabalho com a alesasndra (que é voluntaria civil italiana), o gianluca e a francesca. sao os 3 muito simpaticos e ja estao habituados a estas andanças de SVEs portanto ajudam-me imenso.
estou contente.
com um bocadinho de medo, claro! (mas ja percebi que, de mim, o medo nao vai ter tudo!) mas so aquela parte boa para me fazer levantar de manha com vontade de erguer os punhos!:)
boa semana!*

os discos mais pedidos;)

esta é a MA-RA-VI-LHO-SA vista do meu quarto (partilho o quarto com a olcay, a turca que, va-se la saber porque mas viva as diferenças!, preferiu a cama perto da porta e longe da janela...perfeito, porque eu ca prefiro perto da janela e longe da porta...!)
e esta é a minha casa. esta porta aqui em baixo à direita leva a minha casa, que sao todas as janelas que se podem ver no andar de cima (o andar é maior, mas esta parte que se ve é a nossa casa). da casa, por dentro, ainda nao tirei fotografias, desculpem! fa-lo-ei soon enough. prometo.
piazza duomo, de novo (acabou de me ocorrer que este post para qume le vem antes dos proximos...mas a verdade e que este nao e o segundo post que ponho hoje...e portanto o meu raciocionio - ohh, que elaborado raciocinio...!- começa nos posts mais abaixo...mas adiante!). esta casa e uma de muitas assim mesmo bonitas em trento. e na piazza duomo. e, passado uma semana, continuo a ficar sem respiraçao quando a vejo.
de novo, imaginem, piazza duomo. começo a pensar que estou a repetir fotografias,...desuclpem!
a igreja onde foi o concilio de trneto, o maravilhoso concilio onde se decidiu que afinal as mulkheres, va-se la ver!, tambem tem alma!
no meu primeiro dia ca (terça-feira, portanto)a federica levou-nos a almoçar no cimo de uma montanha, so por ser bonito...e é bonito mesmo, nao é?
sim, ainda durante o almoço maravilha....!
esta foi ontem, quando fomos passear (o espanhol david, o portugues pedro e eu) para oltrecastelo, que é uma das freguesias de trento. ah!, pois é... tenho isso para explicar: trento é composto por 12 freguesias (circoscrizioni), entre elas gardolo, onde vivo eu, e villazzano, onde trabalho.
uma fotografia fixe, tout court.
a janeca a flipar com tanta neve e a tirar fotografias de 10 em 10 segundos...!
ainda no passeio a oltrecastelo (menos 5 graus, meus amigos! é oficialmente frio! mas nao é frio como o nosso, é muito mais seco e, nao sei porque, muito mais toleravel...!)
maravilhoso por do sol, nao fosse acontecer às 3 da tarde! aqui o sol poe-se muito mais cedo, porque é mais a norte do que portugal, mas tambem (e sobretudo) porque trento é um vale e portanto o sol vai para o outro lado das montanhas (ter com as outras heidis) muuuito cedo. às 5 da tarde é noite cerrada.
o david, o pedro, a federica, a olcay e o szymon na nossa cozinha
o pedro, eu, e o szymon a morrer de frio (e de riso!) num parque infantil (sim, porque deicimos ir de nossa casa ao centro da cidade a pé - demoramos mais de uma hora- neste frio desgraçado...! e no caminho encontramos este parque...e nao deu para resistir!)
eu, o david, o szymin e a olcay no mesmo parque. porque, janeca?! porque é que tens seeeempre de fazer figuras?!
o monumento (ò pra nòs com cara de monumento) ao SVE (serviço de voluntario europeu, para os menos atentos!)
michela, ricci, eu, federica, olcay, ugo, szymin e david. na nossa sala. depois de uma refeiçao mega multi cultural.

miscelanea de fotografias (take1)

piazza duomo
eu na piazza duomo
again, piazza duomo
eu, o david e o pedro, adivinhem onde...piazza duomo!
todos os caminhos vao dar a roma ca, certo?
em trento é mais: todos os caminhos vao dar a piazza duomo
o ricardo é o "big boss" dos centros giocastudiamo.
a michela é a professora de italiano.
dos outros, ja vos falei.
nao quero acrediar
tenho mil fotografias (ok,p'ai 10) numa pen e nao consigo abri-la neste maldito computador!
vou tentar noutro!
se nao conseguir, logo escrevo o que as imagens mostravam.

Thursday, January 12, 2006

o meu corpo esta em greve:
febre, dores de garganta, antibioticos.
...alegria, alegria...
mas é tudo bom, porque vieram limpar a casa hoje à tarde de maneira que fiquei a falar (a tentar falar...) com as senhoras!
primeira liçao:
quando chegares aos correios, pouco importa se és a unica pessoa la: tira o casaco, vai demorar.

Wednesday, January 11, 2006

via S. Anna, 5 / a
38014 Gardolo
Trento
escrevi um mega post no meu computador (feita croma), pus na pen e vim, depois de longos passeios por trento para perceber onde ha internet, a biblioteca...
...onde nao ha entrada usb (nem til nem acentos, mas adiante!)
faço a versao resumida (e com erros ortograficos, scuza!)
a casa. é linda. ja tirei fotografias (tambem estao na pen) mas depois ponho aqui. é mesmo uma casa ma-ra-vi-lho-sa. bem, o espaço é maravilhoso, a casa é normal, limpa, que é o que me basta. entra-se por um patio interior, que é também o recreio da escola primària que hà no r/c. as paredes sao amareladas e... bah! as descriçoes nao valem a pena, as fotografias serao mais uteis! no r/c hà a escola, no primeiro andar somos nos e no segundo andar sao escritorios da camara de trento. é um sitio simpatico, acolhedor, e sobretudo à noite podemos fazer o barulho que quisermos porque somos os unicos là. estou contente.
a nossa casa, nao o edificio em geral. a nossa casa é pequena, e eram dois apartamentos separados. de maneira que para eu ir a cozinha tenho de sair de casa e entrar na outra. num lado da casa (o meu) ha uma casa de banho e o quarto das miudas (a turca e eu), e o quarto dos rapazes (o espanhol e o italiano). ja conto mais pormenores sobre eles... e do outro lado ha uma casa de banho, a cozinha-sala (sim, é o meu destino ter sala e cozinha junto...!) e o quarto dos outros rapazes (o polaco e o portugues).
a turca. chama-se olcay (que se le oljai...estranhos, estes turcos!) tem 26 anos, é arquitecta e, quer-me parecer, um bocadinho mosca morta. (sim, ja sei, sou demasiado rapida com os julgamentos mas sei o que valem e estou pronta a ceder deles mal seja caso disso!) vai trabalhar no centro grafico expressivo, no centro da cidade. partilha quarto contigo (nao gosta de camas perto da janela, de maneira que fiquei eu com esse luxo...hihihihi!), e é simpatica, nao quero que pensem que nao. é so menos energetica que eu...o que, suponho eu!, é bom.
o espanhol. chama-se david, e de barcelona (sofia! caui! barcelona! fala catalao!), tem p'ai 26 tambem e esta ca desde setembro. é a preciosa ajuda de que preciso. passo a vida a perguntar-lhe coisas sobre italiano ou sobre italia e desdobra-se em gentilezas e simpatias. 5 estrelas.
o italiano. chama-se ugo (sem h, sim!), tem p'ai 21, faz serviço civil tambem nos nossos centros. tb nos ajuda com as palavras em italiano (mas nao é o anjo que o manolo era...que até palavras cruzadas inventou para nos!). na noite em que chegamos (a olcay e eu) cozinhou para nos. é puto mas é simpatico. faz rap, e tem um sponsor e tudo (ha mil pratos aqui, simao!)
o polaco. chama-se szymon, estuda micro biologia e interrompeu os estudos um ano para vir p'aqui. ha 4 dias nao falva uma palavra de nenhuma lingua latina portanto isto tudo para ele é uma aventura 30 vezes mais emocionante que para mim. fica exausto a cada dia. passa a vida a querer beber vodka, e achava que as pessoas passavam a vida a dizer "ti amo" na rua, e nao "andiamo", que é o que dizem. adoro a ideia, admito!:)
a federica. O MAXIMO. nao podia ter sonhado com uma pessoa melhor que ela. é um amor, desdobra-se em cuidados, preocupa-se genuinamente connosco e com o nosso bem estar, janta la em casa, convida-nos apra jantar, ajuda-nos em tudo e mais alguma coisa. é uma sorte do caraças, ter uma associaçao de acolhimento com pessoas assim. alias, todas as pessoas com quem estive ate agora, envolvidas nisto, sao fantasticas. bons pressagios, bons pressagios.
o trabalho. ainda so fui uma vez ao centro onde vou trabalhar, e por 10 minutos. amanha e o meu primeiro dia. mas o espaço parece fixe. é o centro giocastudiamo mais antigo, é fora da cidade, e la trabalham 3 italianos que me pareceram simpaticos. o metodo de trabalho aqui, nestes centros, chamas-se "peer education", e um metodo super livre, super maleavel e toda a gente parece mais do que disposta a ajudar e a aprender sobre as diferenças.
trento. é pequeno mas bonito. ha alpes a toda a volta (no segundo dia fomos almoçar no cimo de uma montanha, a ver trento la em baixo...que luxo!) e neve por todas as partes. nao neva p'rai ha uma semana mas continua a haver imensa neve em todo o lado. da janela do meu quarto vejo os alpes, e um luxo. acho que esta paisagem (e a federica ja me avisou) às vezes cansa, e é preciso perceber isso e saber fugir porque, segundo ela, se perde rapidamente a noçao de quao grande (E quao longe!) esta o horizonte!


ui...ja passou imenso tempo, daqui a nada expulsam-me daqui, vou contando mais coisas depois...
ja tenho telemovel italiano (mas ainda nao sei funcionar com estes teclados...!)
+39 388 174 51 29
jet lag emocional

Tuesday, January 03, 2006

e se isto for tudo uma grande asneira?