22.
a morte aumenta a alma.
projecto: aumentar a alma sem morrer.

30.
tranformar o amor para melhorar o amor
transformar o corpo mara melhorar o corpo.
transformar a poesia para melhorar a poesia
transformar este sítio para melhorar este sítio
mas transformar também este sítio para melhorar aquele sítio.
transformar o corpo para melhorar outros corpos.
transformar o amor para melhorar o amor.

43.
só voltar atrás se atrás for à frente.

48.
contribuir para a alegria.
contribuir para o aumento do olho-te com pasmo, surpreendo-me e gosto.
(...)
as ideias dos alegres são o coração.

50.
quando o movimento acabar, o osso sobrevive.

58.
pedidos para me tornar pior:
por favor, torna-te claro.

72.
(...)
relembrar a tranquilidade que dá nao ter futuro
(...)

87.
ter uma gruta no corpo isto é uma casa sem porta um abrigo de onde se pode escapar se o conforto e a segurança cansarem.

88.
(...)
ter no corpo o sistema de desespero e ter no corpo o sistema de salvação, ter no corpo um único sistema que desespera e salva.

95.
planear milagres e ensaiar.
ensaiar milagres.
(...)

gonçalo m. tavares

(fogo, o fotoben tem mesmo fotografias de que eu gosto mil) .........................................................................lisboa, menina e moça

114.

e a felicidade é mais importante que a realidade, portanto

(e assim acaba o "livro da dança", do gonçalo m tavares)

porquê é que é tão fácil o que não temos ganhar ao que temos?

porque é que, agora, de repente, as línguas não parecem interessar-me o suficiente?

porque é que me escudo na falta de jeito, quando sei que, se for alguma coisa, é falta de esforço?

porque é que me é tão díficil admitir rainha de mim, das minhas escolhas, das minhas decisões?

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o medo de ter escolhido mal persegue-me sempre.

não consigo deixar de pensar nas vidas que podia ter tido, e não tive, porque escolhi esta.

e, simultaneamente - e incoerentemente - sinto que não podia ter mais sorte (lá estou eu a chamar sorte ao que faço e escolho eu!) na vida que levo.

www.amor-te.com

mas morrer é um trabalho díficil.
edelgard clavey

enfrentar a catástrofe com disciplina.
boehmfeld

nunca sonhei com a morte, foi sempre com a vida.
wolfgang kotzahn

da morte não tenho medo. (...) só temo o morrer. nunca se sabe o que vai acontecer.
klara behrens

sobre o que é que se fala com um condenado à morte? (...) eu vou morrer. é esse o meu único tema quando estou sozinho.
heiner schmitz

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Our

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beginnings

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never

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know

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our

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ends.

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é bom ir ao cinema ao lado de uma amiga. é bom que depois já não esteja lá a amiga, e isso seja só bom.

i'm a table set with a room for a stranger.

adrienne rich

(ok, bem sei, habituei-me a escrever aqui coisas que explicavam como me ando a sentir, e o blog deixou de ser só -não é nem sequer sobretudo - a minha memória externa. mas quero voltar a isso. a por aqui coisas sem ter medo de interpretações. às vezes serão coisas bonitas - and i thing of beauty is a joy for ever, já dizia o keats - e mais nada. sem mensages nas entre-linhas)

continuo sem saber muito bem se continuar com este datrento (e admitir que a princesa baunilha, versao heidi, continua em mim) ou se voltar ao vivamapenas. acho que vou andar a saltitar,até decidir o meu poiso (tanta teoria que se faria à volta desta minha incapacidade de escolha)

coisas bonitas que fui vendo e ouvindo e sentindo (que quem tem razão sao os italianos, as coisas, às vezes, nao se ouvem, sentem-se) - ah ah ah ouvem, OU VEM!

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o estado do mundo

"a geografia que nos cartografa os pensamentos"

"a ambivalência é um valor central na vida pública e privada, e é mais dificil do que o amor e do que o ódio - porque podemos sempre ser vítimas ou heróis, com a ambivalência, e nós queremos sempre respostas consistentes."

"the past becomes us just as the future begets us"

"doubt is the basis of progress, of fairness" (obrigada, Homi Bhabha, que se ele tem direito a dúvidas, também eu terei. e só dar-me esse direito tira-me metade do peso do peito, ou das costas, ou como raio é a expressão em português, que já nem sei, que eu cá, quando tenho peso, é por todo o lado)

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teatro do oprimido (parte do fórum social português)

"não é 'até que a morte nos separe'. o que nos separa é a vida"

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peut-etre

e só queria saber como consegue evitar a gravidade, aquele senhor.

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lula pena (na zé dos bois)

quem (ouve) canta(r), seus males espanta.

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Final Fantasy, a.k.a. Owen Pallett

e tenho dito.

tenho MUITA sorte, eu.

sou feliz em trento.

sou feliz aqui.

sou feliz.

homesick

and starting to know where home is

(e ja nao a versao dos kings of convenience que dizem i no longer know where home is)

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começar a acabar

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Nobody said it was easy.

No one ever said it would be this hard.

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